MINHAS POESIAS E CRÔNICAS AGORA NA NET

A BRISA TOCA MEU ROSTO
ENQUANTO CAMINHO DESPRETENSIOSO
TAL QUAL UMA CRIANÇA
QUE ACABOU DE SAIR DA ESCOLA
PARA ESSE MOMENTO É TUDO QUE PRECISO
É TUDO QUE ME FARÁ VIVO.

NÃO TENHO PRESSA
NÃO ME APAVORO
MANTENHO A CALMA
AS VEZES ORO
CONHEÇO O BRILHO
DO OURO E DA LATA
SE NÃO FAZ BEM
NÃO ME FAZ FALTA
UM DIA DESSES
DE LUA NOVA
ME CANSO E SAIO
AO MUNDO EM TROVA.
Amar é ceder.
É privar-se.
É dar uma passo adiante e um para trás.
É render-se.
É compreender, é esperar, ser paciente,
Benevolente, autruísta.
Mas há um porém:
Para que o amor prospere
Seu par tem que ceder, privar-se, render-se...

Parecia metida, mas era simpática.
Parecia arrogante, mas era um doce.
Parecia calada, mas fala pelos cotovelos.
Pareciam verdes, mas seus olhos são mel.
Ela é um contrasenso, me deixa tenso, as vezes penso
Que queria lhe ensinar algumas coisas, mas nem precisou
Pois esqueci de dizer, ela também é autodidata
E já aprendeu a agradar na medida certa.
Quem inventou o amor deveria morrer:
Separação, distância, ódio, aflição.
Quem inventou o amor deveria viver:
Contar minutos, sorriso solto, ter à mil o coração.
Quem inventou o amor deveria sofrer:
Saudade, lágrima, ciúme, tristeza.
Quem invetou o amor deveria saber:
Beijo, abraço, alegria, leveza
Ah! Quer saber? Quem inventou o amor deveria...amar.
TE LIGUEI PARA FALAR BANALIDADES. COISAS CASUAIS TRAVESTIDAS DO QUE EU QUERIA FALAR REALMENTE. DE TUDO QUE SINTO POR VOCÊ MAS CONHECES MEU DISCURSO DE CABO À RABO CADA VÍRGULA, CADA VOCATIVO. ENTÃO PARA QUE FALAR DA REALIDADE? - E AÍ, SERÁ QUE CHOVE HOJE?
O olhar dela parecia um blues
Mas não um blues qualquer
Era impressionantemente muito bem tocado
Em um tom agradável e doce.
Seu corpo lembrava um jazz
Cantado por Billy Holliday (e como ela cantava)
Sinuoso, passeando por acordes impossíveis de serem tocados.
Correto, direto, intenso e belo...
E o beijo? Ahhh sem dúvida era rock n’ roll
Pura explosão!
Pura energia!
Pura paixão!
A paixão é traiçoeira como uma cobra
Que hipnotiza e depois desfere o bote
Preenchendo o coração de um dulcíssimo veneno
Do qual não temos certeza se queremos o soro.

O AMOR E OS SENTIDOS

Um amor verdadeiro dispensa palavras
Gestos e atitudes bastam.
Sorrisos se desprendem da boca naturalmente
Ve-se tudo azul como o céu aberto
Aos ouvidos as palavras soam como uma sinfonia
Um sândalo precioso exala às narinas
O toque suave tal como seda.
Um beijo com gosto especial, com gosto de amor.
Imagina isso tudo de uma vez...
Sigo ao sabor do vento, sem tormento, sem lamento...
A vida sempre me trará uma surpresa.
Boas ou ruins, as surpresas mexem conosco.
Quando é boa a surpresa, parece mágica...
O brilho nos olhos, a alegria a explosão!!!
Quando ruins, me calo por um segundo e sigo.
O que é uma adversidade se Deus me deu o dom de sorrir?
Logo logo a vida me trará outra surpresa...
Enquanto me recupero de uma perda
Já estou me preparando para o que há de vir.
Pode ser o que perdi (por que não ?)
Pode ser uma novidade absoluta.
Seja o que for estarei preparado
E sei que sempre será diferente...
Será que é amor?
Vai vingar?
É cedo pra fazer planos?
Será que ela chega às 09:00 ou às 10:00?
Angel ou Polo Black?
É melhor fazer a barba né?
Mando flores amanhã?
Se eu ligar durante o dia ela vai me achar chato?
Meu ronco vai incomodar?
Açúcar ou adoçante?
E se não for amor?????????????
Passada a tempestade avalio
Água e a mesma no mar e no rio
Por hora ressinto no peito vazio
O bem e o mal por conta do estio

Hoje já curado, não sei o que mais dói
Se era a dor em si ou a falta dela
Talvez tenha me acostumado com o suplicio
A ponto de ate me fazer certo bem

Sofrer ou não sofrer: eis a questão .

Soneto de Recomedações

Se o vento soprar em seu rosto, agradeça.
Quando tiver oportunidade, apareça.
Caso haja problemas, use a cabeça.
Quando ouvir um ‘eu te amo’, nunca se esqueça.

Se lhe faltar a palavra, dicionário.
Diante de mais de uma opção seja revolucionário.
Viva! Curta a Vida! Não seja um protozoário.
Faça com que seu beijo seja sempre extraordinário.

Procure sempre ser admirável.
Lembre-se que nem tudo é aconselhável.
Seja indispensável.

De vez em quando faça uma proposta indecente.
Abra sua mente.
Ame sempre intensamente.
O tempo é implacável
Promotor, juiz e carrasco.
Por vezes amigo e na maioria das vezes inimigo.
Dá tanto a benesse quanto o castigo.
Remedia as coisas e nos faz seu escravo.
Para encontrar quem amamos,
Queremos que seja ligeiro como um raio.
Para pagamentos, lento como um quelônio,
Quiçá inerte como La Pietà.
Chega uma hora na vida em que o tempo não faz mais diferença.
E aí é hora da nossa vingança, nosso escárnio.
Olhamos o seu capataz chamado relógio e dizemos:
- Faça o que quiser.
Quem não tem inimigos é um medíocre e ao final de tudo verá que apenas passou entre nós.
Quem não tem inimigos é um medíocre e ao final de tudo verá que apenas passou entre nós.
Disfarço e busco no tempo a solução para tudo
Transpiro, respiro, suspiro.
O conceito de lógico me foge
Será tão difícil compreender?
À minha frente um carro com a lanterna esquerda apagada segue despreocupado...
Será que ele tem os mesmos problemas que eu?
O pior cego é aquele que não quer enxergar
Ela tinha o cabelo vermelho.
Um vermelho lindo
Um vermelho intenso
Um vermelho que não existe
Parece uma dose de Campari
Parece os olhos do diabo
Parece uma rosa
Será que é a bandeira da China?
Será sangue?
Será uma Ferrari?
- Nada disso seu bobo
É apenas uma linda mulher que tinha o cabelo vermelho.
UM DIA TUDO FOI CHORO
UM DIA TUDO FOI FOME
UM DIA TUDO FOI SEDE
UM DIA TUDO FOI ESCURIDÃO
DE REPENTE A VIDA ME DEU VOCÊ E
SORRI, COMI, BEBI E TIVE LUZ.

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O mundo a minha volta
Vejo tudo e compreendo pouco
Me inspiro, me concentro e as resposta passam diante de mim
Como se eu pudesse tocá-las

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Teu cabelo faz uma sinistra trama
Caindo sobre seu olho
Obstruindo um olhar hipnotizante
Que faz eu me sentir um inseto atraído pela luz
O qual mesmo sabendo da iminente morte
Se joga ávido em uma ansia incontrolável e voraz
E por ironia, segue aguardando quando será seu novo falecimento

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Penso, logo tenho dúvidas.

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Te quero inteira
E não uma fração ilógica
Por isso me privo do deleite de uma dose
E penso no desprazer da abstinência
Você é tolerante?
É incrível a capacidade do ser humano em dividir-se, em desagregar-se.Unidos somos mais fortes...Porra nenhuma, isso acaba apenas funcionando como ideologia ou algo de teor filosófico, ou ainda quando se defende o pensamento de ‘seu grupo’; parece que é natural do Homo sapiens criar camadas, castas, diferenças. Futebol, gosto musical, religião, opção sexual...Todos somos iguais em virtudes e defeitos, ou seja, existem os bons e os maus em todos os grupos, e isso me parece tão cristalino, tão nítido que classifico como idiota quem pensa diferente!!! Viu como eu tambem criei uma divisão? Para isso a panacéia é tolerância. A palavra de ordem. Me lecionou o dicionário (ahh como eu recorro a ele e me acalmo...): tolerância é a “boa disposição dos que ouvem com paciência opiniões opostas às suas”. O que é certo ou errado? Sejamos tolerantes com o próximo, com os muito próximos e também com os não tão próximos assim...Porém seja consciente que a tolerância te acarretará problema, pois por vezes o fato de vc ser tolerante não quer dizer que vc adere a idéia daquele grupo, apenas que vc respeita e tolera, ENTRETANTO É COMUM DEPARAR-SE COM PESSOAS QUE NÃO ESTÃO PREPARADAS PARA SEREM RESPEITADAS e confundem um pouco as coisas, mas isso faz parte. Me irrita, mas faz parte... espero exercitar cada vez menos minha tolerância. Rsrsrs...

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É muito bom amar.
É contar segundos para estar perto
E quando acontecer estar de coração aberto
É descobrir e ser descoberto
Um papo agradável, as mesmas idéias
Dividir calor corporal, o mesmo suor
Um beijo ardente, a mesma saliva
Um gozo extraordinário, o mesmo tesão
Ame muito, ame intensamente ou apenas ame.
É muito bom amar.

sonho de criança

Meu macio colchão são as pedras portuguesas
Meu felpudo cobertor é um monte dejornais da semana passada
Meu travesseiro de penas é um toco velho
Meu abajur é a lua
Meu beijo de boa noite é a violência
Meu confortável sapato é a sola rachada e áspera de meus pés
Minha escola é a vida
Por mim? Apenas Deus
Certo dia, naquilo que seria mais uma operação policial na Vila Cruzeiro, no Complexo de Favelas do Alemão, me aconteceu algo que me marcou pra sempre.Vamos do início.
Trabalhava no 16º Batalhão, em Olaria, um dos locais mais inóspitos desse Rio de Janeiro; favelas para todos os lados e bandidos armados até os dentes, porém havia a tônica de combate ao narcotráfico nas suas conflagradas áreas, ou seja, temos que subir os morros para prender os marginais da lei, entretanto isso não era uma missão fácil, afinal não bastaria gritar: ‘’- Mãos ao alto!’’ e todos se renderiam e entregariam suas armas. E como eles tem armas...
Quase que diariamente eram realizadas incursões nesses locais devidamente planejadas com o intuito de verificar alguma informação processada pelo serviço de inteligência, sendo que essas incursões eram verdadeiras guerras entre nós policiais e traficantes com muitos fuzis. Chegado um dado acerca de que havia uma tonelada de maconha em uma determinada localidade da Vila Cruzeiro, o Comandante me chama e fala que eu comandaria a operação policial a ser realizada (nessa época eu ainda era Capitão). Diante disso reuni o efetivo que incursionaria e fiz uma palestra com os mesmos, falando dos objetivos que pretendíamos, onde iríamos e outros pormenores, para que nada desse errado, afinal era um local de alta periculosidade.
Todos embarcados no veículo blindado (Caveirão) e rumo ao Cruzeiro. Logo de cara a ‘’trinta’’ cantou (referencia a metralhadora antiaeréa) e como sempre, mais uma vez, novamente, de novo o mundo desabou em bala. Porém já estávamos acostumados de tal forma que nos parecia apenas mais um dia de trabalho. O RJTV dirá mais tarde: ‘’- Tarde de pânico na Vila Cruzeiro’’, mas essa violenta rotina nos endureceu.
É chegada a hora de ir ao objetivo, tínhamos de ser rápidos para evitar que eles ocupassem as melhores posições, pois teriamos muito trabalho para transportar para fora do morro uma quantidade tão grande de drogas. Rua ‘A’, é neguinho, ali a bala voa. O caveirão seguindo implacável, lento, mas firme. A galera da ‘trinta’ mandando ver, os meninos do AK (Fuzil AK 47) mandando aço e o nosso consequente revide. Aí já viu né? É transformador arrebentado, carros todos furados, correria, enfim, um inferno em plena Penha.
Depois de muito custo tomamos as posições necessárias para a segurança dos que incursionariam mais a fundo na caça da droga e graças a Deus estávamos todos bem. Desce a escadaria enorme, procura, fuça aqui, fuça ali até que alguém grita : ‘’-Bringo!!” e estava localizada a droga. A felicidade do achado é rapidamente ofuscada pelo desânimo, afinal seria muito dificil transportar tanta droga com a bala voando. Mentalmente cita-se o saudosíssimo Drummond de Andrade: “ e agora José?” (o poeta deve ter dado um duplo twist carpado em seu túmulo. Que hora para recitá-lo!). Seria árduo, porém cada segundo que permanecessemos ali, mais ficaria perigoso. Escadaria acima, peso nas costas e bala voando. Temos que retornar ao caveirão. Nesse percurso havia um cruzamento de becos que seria uma dificuldade, pois não havia posicionamento seguro para atravessar, somando-se a isso o peso nas costas e não tem essa de Capitão nessas horas, todos com um fardo daquele para sairmos dali o mais rápido possível e em segurança. Na terceira ou quarta viagem aconteceu o inesperado; os marginais chegaram bem próximos de nós no citado cruzamento e aí viramos alvos fáceis. Nos abrigamos e iniciou-se um tiroteio muito intenso e no meio disso tudo, próximo a nós polciais, havia uma criança; e os bandidos nem aí, estavam mandando bala e agora digo a razão desse artigo que escrevo! O olhar daquela criança. É meus amigos, não sei como nem por que, porém no meio do tiroteio fixei-me na imagem daquela criança. Um menino devia ter uns cinco anos, sararázinho dos olhos claros, sabem como é? Aquele olhar calmo, sereno no meio daquele inferno me contagiou de uma forma que me desconcentrei. Parecia que ele não entendia o que se passava ali e nesses poucos minutos pensava como uma criatura de Deus, tão bela e inocente estava vivendo naquele inferno. Pensei nos meus três filhos, na minha esposa, pensei que toda hora mando eles colocarem o chinelo para não pegarem um resfriado e o pequeno sarará corria o perigo de tiros calibre 7,62. Caramba aquilo me deu uma angústia, uma agonia e engoli seco, como nunca tinha feito na minha vida. Me senti impotente e me perguntava o que eu estava fazendo ali, por que atirava naqueles homens e por que eles atiravam em mim. Dava vontade de levantar e gritar: ‘’-Para essa porra toda!”, mas aí um pedaço de reboco de parede oriundo de um tiro que pegou bem pertinho me trouxe de volta à realidade; uma pessoa puxou o garoto para dentro de casa, troquei o carregador e atirei neles (‘’de com força’’ rsrs). Conseguimos repelir a investida dos bandidos, saimos da Vila Cruzeiro apreendendo quase uma tonelada de machonha, fomos elogiados, condecorados, mas até hoje aquele olhar está na minha cabeça. Onde está aquele garoto sarará? O que terá acontecido com ele? Será que hoje ele é do bem ou do mal? Será que ele teve as mesmas oportunidades que os meus filhos de estudar, ser bem criado etc? Dou tres tragadas em meu cigarro apagado e me calo sem resposta.
Tristeza? Jamais!
Saudade? Essa sim é implacável, inevitável.
Lembro de detalhes de nossa convivência
Coisas que quando estávamos juntos não faziam tanto sentido
Mas hoje que não estás mais aqui me parecem tesouros sem preço.
Fecho os olhos e me remeto a algum local onde nunca estivemos
E imagino o que faríamos se estivéssemos lá
É uma forma de te manter vivo comigo, de fazer planos.
Lembra que ao final de cada jogo do Flamengo sempre te ligava?
Fosse pra xingar algum jogador, fosse pra comentar um lance...
Implacável, inevitável...
Um dia decidi que seria sozinho.
Sei lá, cansei.
Chega de toda essa agitação que o amor no proporciona.
Brigas, choros, vexames...
Beijos incríiiiiveis, transas maravilhooooosas, friozinho na barriga...
Caramba, fazer amor com quem se ama é muito bom!
Ah! Esquece. Não quero mais ser sozinho
PARA MEU IRMÃO MOTOQUEIRO

VOU AONDE A ESTRADA ME LEVAR
EM BUSCA DE EMOÇÃO
EM BUSCA DE LIBERDADE
EM BUSCA DE QUALQUER COISA QUE ME FAÇA BEM

VOU AONDE A ESTRADA ME LEVAR
VENTO NO ROSTO, DESCOMPROMISSO, SENTIDOS AGUÇADOS...
BOAS COMPANHIAS, BOAS CONVERSAS, BOAS BEBIDAS...
O TUDO É POUCO PARA QUE TEM ASAS NO ASFALTO

DURANTE O DIA O AGITO
À NOITE A LUA POR PARCEIRA
DO ENCANTO SE FEZ MEEIRA
ME DEIXANDO CONTRADITO

E QUANDO ME FIZER FALTA
TUDO DE BOM QUE TENHO
EM UM START PERALTA
TUDO VOLTA A SER DESENHO

VOU AONDE A ESTRADA ME LEVAR...